terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Abandono de madrugada

Ele me deixara vazia e nervosa
de olheira e mau-humor
Num abandono súbito de quem
esquece de bater as portas.
E eu em unidade era só
aquele roçar de pele e lençol,
de cabelo e travesseiro, exausta
numa inércia sem sonhos e sem fim.
Pesava o céu estrelado,
a chuva me lembrava a sede,
a caféina dançava com meus músculos,
o bêbado e o malabaris musicavam lá fora.
- Sono, vê se volta logo, te deixo me largar às 7 da manhã.

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