segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ainda e sempre

Tudo sempre me foi assim, o conhecimento pro filósofo, a harmonia pro maestro, o shopping pro burguês, o erre pro francês, você pra mim. Mesmo se eu parasse por aqui, ou se o mundo metesse os pés pelas mãos, andaríamos nós de mãos dadas com um pressa de ser feliz tão rápida quanto a da luz das vinte horas num dia de verão. Porque certas coisas são tão certas que são sempre as mesmas; o sol se vai igual àquela tarde em que ficávamos só nós dois e selávamos cartas com saliva pra enviar depois. E isso vê-se da minha, da sua, de qualquer uma, de alguma janela que se veja o mundo. Um bilhão, metade da população, cem anos atrás e mil cartas enviadas por correios, carteiros ou camelos; as mensagens de amor não mudam assim como o sol continua a ser estrela e o vento a soprar na velocidade da luz a nossa felicidade. (Você ainda é tudo pra mim, de verdade.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário