There is that marvelous inspiration from the window
the spring wakes you you up warmly and beautiful to see the sun.
Outside, the flowers throw the petals on the streets
and the wind flies with the birds as they sing their melodies along.
You stretch your body out to wake your mind and soul up
and at the touch of your hands on the sideboard
your mind reminds you of the dust on the cupboard
the dishes of the dinner on the sink
the vanish thrown at the carpet at the door
the crumbs from the cake you threw over the floor.
You lean your head on the head of the bed
and your body pulls you under the duvet,
the most inspired thing at that lightful spring morning
wouldn't be more than say,
- Good night, day!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
No mar
Talvez seja tão difícil quanto
remar com duas colheres num oceano inteiro
ou talvez pior
porque nunca tentei
alguma vez que não fosse sonho.
Não sei quem disse ser errado
desistir antes de se alcançar,
tantas vezes
pular fora do barco
me parece o melhor jeito de chegar.
remar com duas colheres num oceano inteiro
ou talvez pior
porque nunca tentei
alguma vez que não fosse sonho.
Não sei quem disse ser errado
desistir antes de se alcançar,
tantas vezes
pular fora do barco
me parece o melhor jeito de chegar.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Culpa minha
Às vezes me encontro fazendo coisas de que não gosto
só pra não ser eu mesma
ou porque o pesar alheio parece tão leve
quanto andar na direção do vento,
desfazer um boneco de neve,
largar os problemas no banco da praça
e tirar do corpo as roupas molhadas.
Não que isso faça de mim menos culpada
ou que a chuva lave de mim os anseios da alma,
mas, como fazer nada de mais - olhar os bonecos no chão e continuar andando,
não fazer nada mais além disso,
me parece tão sincero quanto o mais sensato a ser feito.
só pra não ser eu mesma
ou porque o pesar alheio parece tão leve
quanto andar na direção do vento,
desfazer um boneco de neve,
largar os problemas no banco da praça
e tirar do corpo as roupas molhadas.
Não que isso faça de mim menos culpada
ou que a chuva lave de mim os anseios da alma,
mas, como fazer nada de mais - olhar os bonecos no chão e continuar andando,
não fazer nada mais além disso,
me parece tão sincero quanto o mais sensato a ser feito.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Última cartada
Já passara no relógio a hora
de pormos tudo em pratos limpos
e tirarmos o pó de todo aquele amor pendurado na parede.
Devíamos mesmo
ter passado a limpo a nossa história,
arrancado as folhas das cartas
como arrancáramos o amor dos maus lençóis
e as pétalas de um bem me quer que logo acabou.
Antes tivéssemos
tentado trocar o disco,
dejuntar as juras de pé junto sobre o tapete da sala,
entregar nosso amor de bandeja pro vizinho ao lado.
Mas ficamos lado a lado sós,
na espera de que algum de nós
colocasse todas as cartas sob a mesa
e acabasse a angústia em instantes
(em que chamamos uma cartomante e o garçon;
arrastemos nosso amor pra debaixo do tapete que está muito bom.)
de pormos tudo em pratos limpos
e tirarmos o pó de todo aquele amor pendurado na parede.
Devíamos mesmo
ter passado a limpo a nossa história,
arrancado as folhas das cartas
como arrancáramos o amor dos maus lençóis
e as pétalas de um bem me quer que logo acabou.
Antes tivéssemos
tentado trocar o disco,
dejuntar as juras de pé junto sobre o tapete da sala,
entregar nosso amor de bandeja pro vizinho ao lado.
Mas ficamos lado a lado sós,
na espera de que algum de nós
colocasse todas as cartas sob a mesa
e acabasse a angústia em instantes
(em que chamamos uma cartomante e o garçon;
arrastemos nosso amor pra debaixo do tapete que está muito bom.)
sábado, 16 de outubro de 2010
Dia de cinzas
Perdêramos a hora há 5 dias atrás,
na varanda sem trilha sonora,
a aurora do dia lembrava só a melodia
daquela velha marcha de carnaval que restara da quarta de cinzas.
E esse era um dia cinza mesmo sem ser segunda
que nos fez acordar de manhã cedo,
esperar uma chuva sem confetes,
mascarar-nos atrás de um cinzeiro,
e o vento sambar bem perto sem qualquer batuque brasileiro
(e marchar bem longe as nossas belas fantasias.)
na varanda sem trilha sonora,
a aurora do dia lembrava só a melodia
daquela velha marcha de carnaval que restara da quarta de cinzas.
E esse era um dia cinza mesmo sem ser segunda
que nos fez acordar de manhã cedo,
esperar uma chuva sem confetes,
mascarar-nos atrás de um cinzeiro,
e o vento sambar bem perto sem qualquer batuque brasileiro
(e marchar bem longe as nossas belas fantasias.)
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Potes de sorvete
-Ninguém vê começar,
no meio parece bastante,
no final, já meio aguado, a voracidade é maior...
Dividir com alguém deixa com outro sabor,
na frente da tv consome-se rápido,
no verão são ótimos,
no fim de um, queremos outro melhor...
-Tá, e o que tem de mais essa descrição de sorvete?
-Sorvete?! Não! Tô descrevendo os dias, os meus dias.
no meio parece bastante,
no final, já meio aguado, a voracidade é maior...
Dividir com alguém deixa com outro sabor,
na frente da tv consome-se rápido,
no verão são ótimos,
no fim de um, queremos outro melhor...
-Tá, e o que tem de mais essa descrição de sorvete?
-Sorvete?! Não! Tô descrevendo os dias, os meus dias.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Os sonhos e a gente
Todo mundo quer
a vida
ardendo de tanto ser vivida
e despejar os sonhos sobre os dias como se o vento fosse capaz de levá-los lá pro horizonte.
E lá naquele fim,
onde o sol os espera encolhido a todo dia,
a felicidade suporta as náuseas dos vinte e cinco mil e novecentos dias que cansou de esperar;
pela gente.
a vida
ardendo de tanto ser vivida
e despejar os sonhos sobre os dias como se o vento fosse capaz de levá-los lá pro horizonte.
E lá naquele fim,
onde o sol os espera encolhido a todo dia,
a felicidade suporta as náuseas dos vinte e cinco mil e novecentos dias que cansou de esperar;
pela gente.
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