Não pense. Suas mãos estão trêmulas e a razão perdeu o comando. O sorriso se espalhou pelo rosto e probabilidade tomou fermento e cresceu. O ar parou, o mundo girou, um roda-roda que mais parece a vida está nos rodando. As estrelas estão dançando, as apostas aumentaram e soltaram os fogos de artifício. A insanidade que nos guia tomou altas doses de uísque, os sapatos saíram do chão, voamos num ritmo descoordenado, numa rapidez sem pressa, ao som da nossa música que pulou do som pra todo o lugar.
De repente uma proposta insana, à qual eu disse sim.
Esse vinho ou se toma ou se azeda.
A vida é assim.
domingo, 30 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ela e a poesia tola (dela).
Ela sopra.
Restam os nomes.
Caem as vírgulas.
Quedam
as
frases.
Pausas.
E-nor-mes.
Ela pensa que poesia é hipnose.
Alvo bala tiro queda faça vá siga peça.
Ela finge.
Não sei se come ou se dorme. Sei que tem olhos de fome.
Não combina, quase rima.
Pode pôr, que o sentido não tem valor;
pulço e mão não dependem da razão.
-É abstrato! Você que não tem tato, olfato, palato, imaginação.
-Você que constrói pouca imagem e pouca ação.
Pausa.
Abre.
Dicionário.
Ela embaralha as palavras e sonha em ser poeta.
Ela cata o cotidiano.
Cheira à folha do jornal.
Qualquer comum
hoje é intelectual.
Restam os nomes.
Caem as vírgulas.
Quedam
as
frases.
Pausas.
E-nor-mes.
Ela pensa que poesia é hipnose.
Alvo bala tiro queda faça vá siga peça.
Ela finge.
Não sei se come ou se dorme. Sei que tem olhos de fome.
Não combina, quase rima.
Pode pôr, que o sentido não tem valor;
pulço e mão não dependem da razão.
-É abstrato! Você que não tem tato, olfato, palato, imaginação.
-Você que constrói pouca imagem e pouca ação.
Pausa.
Abre.
Dicionário.
Ela embaralha as palavras e sonha em ser poeta.
Ela cata o cotidiano.
Cheira à folha do jornal.
Qualquer comum
hoje é intelectual.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O importante é vencer
Nunca tinha sido titular no time dos otimistas. Não era capaz de usar aquela tática de Jogo do Contente que mais parecia ter sido tirada do livro Pollyanna. Só para exemplificar, adivinha o que o treinador falou quando o time foi para a segunda divisão? "Vamos lá galera, temos que agradecer por não estarmos na terceira!!" . Francamente.
Apesar disso, eu tava sempre no banco de reserva pra dar uma força caso um otimista precisasse faltar. Num certo dia de jogo, o time dos pessimistas veio jogar com a gente. Zero a zero. Empatamos. "Bola pra frente moçada! Podíamos ter perdido!", veio proclamando o técnico. Foi então que, cansada de me calar ante aos murmúrios de satisfação dos meus colegas, resolvi me manisfestar. "Bola pra frente? Isso foi a única coisa que não fizemos! No jogo todo a bola abraçou confortável a tristeza do gramado e deixamos por isso mesmo, achando que era bastante! Negativo! (Ao falar esse palavrão fui olhada discriminadamente, mas prossegui) Temos que aceitar que a vitória virá quando a bola puder abraçar com alegria e euforia o fundo da rede, quantas vezes a mais do time adversário forem precisas!!
Naquele dia, o treinador veio falar comigo. Ele achou que eu deveria entrar pro time como titular, finalmente.
Ocupei a posição de centro-avante.
Num certo dia de chuva, tínhamos jogo. Depois do discurso confiante do técnico, reuni todo mundo e alertei: gente, tenham cuidado para não perder a visão da bola. Não fiquem achando que ela está com o nosso time enquanto ela está com time adversário! Diante dos olhares pasmos, arremessei mais umas palavras de confiança e então eles pareceram entender.
O jogo foi difícil. Pouco restou da minha voz que desperdiçei gritando com meus colegas para ocuparem a posição certa. Depois da segunda metade do segundo tempo, o time dos realistas, nossos adversários, desistiram. Nao que tivessem tirado suas chuteiras e arremessado longe, mas pararam de perseguir bravamente a bola porque a probabilidade de ganhar era mínima. Mas eu e meu time, continuamos. E não, eu não tinha me tornado uma otimista. Não espalhava pelo campo sorrisos para a arquibancada. A única coisa que me fazia pertencer ao meu time era a vontade de vencer. Era a vitória vindo com as comemorações, os merecimentos, os abraços . Faltando um minuto pro fim, não estávamos felizes devido a um provável empate. Mas porque ainda tínhamos 60 segundos para vencer.
E foi naquele dia que finalmente os otimistas puderam saborear o gosto da real felicidade, crua e nua, e não daquela que vinha pra disfarçar o sabor amargo da tristeza. Vencêramos, felicidade de verdade.
Às vezes recebo algumas ofertas de altos salários para jogar oficialmente no time dos pessimistas, as quais acabo recusando. No fim de tudo, o que me vale é a taça de campeã.
Apesar disso, eu tava sempre no banco de reserva pra dar uma força caso um otimista precisasse faltar. Num certo dia de jogo, o time dos pessimistas veio jogar com a gente. Zero a zero. Empatamos. "Bola pra frente moçada! Podíamos ter perdido!", veio proclamando o técnico. Foi então que, cansada de me calar ante aos murmúrios de satisfação dos meus colegas, resolvi me manisfestar. "Bola pra frente? Isso foi a única coisa que não fizemos! No jogo todo a bola abraçou confortável a tristeza do gramado e deixamos por isso mesmo, achando que era bastante! Negativo! (Ao falar esse palavrão fui olhada discriminadamente, mas prossegui) Temos que aceitar que a vitória virá quando a bola puder abraçar com alegria e euforia o fundo da rede, quantas vezes a mais do time adversário forem precisas!!
Naquele dia, o treinador veio falar comigo. Ele achou que eu deveria entrar pro time como titular, finalmente.
Ocupei a posição de centro-avante.
Num certo dia de chuva, tínhamos jogo. Depois do discurso confiante do técnico, reuni todo mundo e alertei: gente, tenham cuidado para não perder a visão da bola. Não fiquem achando que ela está com o nosso time enquanto ela está com time adversário! Diante dos olhares pasmos, arremessei mais umas palavras de confiança e então eles pareceram entender.
O jogo foi difícil. Pouco restou da minha voz que desperdiçei gritando com meus colegas para ocuparem a posição certa. Depois da segunda metade do segundo tempo, o time dos realistas, nossos adversários, desistiram. Nao que tivessem tirado suas chuteiras e arremessado longe, mas pararam de perseguir bravamente a bola porque a probabilidade de ganhar era mínima. Mas eu e meu time, continuamos. E não, eu não tinha me tornado uma otimista. Não espalhava pelo campo sorrisos para a arquibancada. A única coisa que me fazia pertencer ao meu time era a vontade de vencer. Era a vitória vindo com as comemorações, os merecimentos, os abraços . Faltando um minuto pro fim, não estávamos felizes devido a um provável empate. Mas porque ainda tínhamos 60 segundos para vencer.
E foi naquele dia que finalmente os otimistas puderam saborear o gosto da real felicidade, crua e nua, e não daquela que vinha pra disfarçar o sabor amargo da tristeza. Vencêramos, felicidade de verdade.
Às vezes recebo algumas ofertas de altos salários para jogar oficialmente no time dos pessimistas, as quais acabo recusando. No fim de tudo, o que me vale é a taça de campeã.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Diálogo tolo
Nada para fazer numa viagem de ônibus.
- Vamos brincar de alternar palavras sinônimas?
- Vamos! Você começa!
- Amor!
- Ódio!
- Ódio? mas ódio é antônimo!
- Claro que não! Antônimo de amor é indiferença! Quando muito se odeia, muito se ama!
- Tá, não vale concepções pessoais!
- Ok! Jovens!
- Idealismo!
- Idealismo? Tá mais pra consumismo!
- Será?
- Aham!
- Tá, só vale palavras concretas então!
- Ok.
- Comida!
- Chiclets!
- Chiclets não é comida! É goma de mascar!
- Mas tem açúcar!
- Poxa, podia ter falado bolo! Vamos ter que recomeçar. Não vale significados implícitos!
- Ônibus!
- Busão!
- Ah, pera aí! São exatamente a mesma coisa! Só que um é gíria!
- Tá, pega uma caneta.
- Ué, agora só valem frases?
- Não! Vamos jogar jogo da velha!
- Vamos brincar de alternar palavras sinônimas?
- Vamos! Você começa!
- Amor!
- Ódio!
- Ódio? mas ódio é antônimo!
- Claro que não! Antônimo de amor é indiferença! Quando muito se odeia, muito se ama!
- Tá, não vale concepções pessoais!
- Ok! Jovens!
- Idealismo!
- Idealismo? Tá mais pra consumismo!
- Será?
- Aham!
- Tá, só vale palavras concretas então!
- Ok.
- Comida!
- Chiclets!
- Chiclets não é comida! É goma de mascar!
- Mas tem açúcar!
- Poxa, podia ter falado bolo! Vamos ter que recomeçar. Não vale significados implícitos!
- Ônibus!
- Busão!
- Ah, pera aí! São exatamente a mesma coisa! Só que um é gíria!
- Tá, pega uma caneta.
- Ué, agora só valem frases?
- Não! Vamos jogar jogo da velha!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Conselhos: fórmulas sem aplicação
Com o passar dos anos, minha memória se prontificou a fazer uma grande obra: um museu de conselhos localizado no meu cérebro. Todos os conselhos que ela conseguiu guardar: grandes, pequenos, da vó ou modernistas. Conselhos que recebi e apreciei no momento, a auto-suficiente Memória emoldurou, pendurou nas paredes cerebrais, e deixou em exposição para os Impulsos Nervosos fazerem uma visitinha. Ela nem quis cobrar entrada. Grátis. O museu ficou muito simpático, os queridos Impulsos sempre vão visitá-lo. O problema é que eles vão, pensam em tirar uma foto, divulgar, relatar para alguém, mas no fim das contas viram as costas e vão embora, do mesmo jeito que vieram. Memória já notou isso, mas não quer fechar uma construção que levou tanto tempo para fazer. O museu está repleto de conselhos coloridos, mas que na prática, sao iguais a folhas em branco aos planos dos Impulsos, que nervosos e críticos, seguem e prestigiam outros museus.
No fim, aquele velho ditado era verdade: se conselho fosse bom, não se dava, se vendia.
No fim, aquele velho ditado era verdade: se conselho fosse bom, não se dava, se vendia.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Receita para quem tem tempo
Pegue todo o seu tempo disponível e corte em semanas. Coloque o final de semana no congelador. Jogue as noites no lixo e coloque os dias no liquidificador. Bata, em máxima potência, até obter horas. Despeje-as numa panela e coloque-as em fogo baixo. Quando o último milésimo das horas evaporar, note que sobrará no fundo uma espécie de caldo, chamado 'arrependimento', que renderá cerca de 20 porções. Tempere a gosto.
De sobremesa tem final de semana congelado.
De sobremesa tem final de semana congelado.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Para sair da periodicidade
Estou sentada numa roda gigante girando há dias, vendo o tudo sob os mesmos ângulos e sendo movida por voltas e giros de mesma medida...
Amanhã vou na biblioteca pública estudar! Levarei 4 apostilas, 3 cadernos, as 11 canetas, 1 borracha-gigante e lapiseira!
E vou deixar em casa, sem titubear, o computador, o celular, o sofá e a geladeira!
Preciso descer da roda gigante antes que ela trave...
Amanhã vou na biblioteca pública estudar! Levarei 4 apostilas, 3 cadernos, as 11 canetas, 1 borracha-gigante e lapiseira!
E vou deixar em casa, sem titubear, o computador, o celular, o sofá e a geladeira!
Preciso descer da roda gigante antes que ela trave...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Estou ótima
- E então doutor, está tudo bem comigo?
- Sim, com você sim. Só quero recomendar uma dieta à sua consciência, um complexo vitamínico à sua coragem, férias ao seu cérebro, fisioterapia para seu sorriso, creme anti-rugas para suas ideias, injeção de hormônio de crescimento à sua paciência, um psicólogo ao seu humor, café ao seu juízo e sonífero a suas mãos.
- Sim, com você sim. Só quero recomendar uma dieta à sua consciência, um complexo vitamínico à sua coragem, férias ao seu cérebro, fisioterapia para seu sorriso, creme anti-rugas para suas ideias, injeção de hormônio de crescimento à sua paciência, um psicólogo ao seu humor, café ao seu juízo e sonífero a suas mãos.
domingo, 9 de agosto de 2009
Rápido, porque a felicidade tem pressa
Felicidade: Bola de chiclets. Enaltece e esvairece. Acabou, faz outra.
Felicidade: Bolha de sabão. Dispersa a luz. Vai até a criança. Pluf! Estourou.
Felicidade: Bombom de chocolate. Uma mordida (que delícia), na segunda, cadê o recheio? Tem migalhas no tapete.
Felicidade: Estrela cadente. Cadê? Ali! Aonde? Já foi.
Felicidade: Bolha de sabão. Dispersa a luz. Vai até a criança. Pluf! Estourou.
Felicidade: Bombom de chocolate. Uma mordida (que delícia), na segunda, cadê o recheio? Tem migalhas no tapete.
Felicidade: Estrela cadente. Cadê? Ali! Aonde? Já foi.
2° domingo de agosto
Andar de bicicleta no parque, passeios no mercado municipal, o cachorrinho que ganhei aos 7 anos, supresas quando voltava de viagem, histórias antes de dormir, a lista de brincadeiras que fizemos, cambalhotas no ar, tentativa frustrada de fazer sonhos, sujar o carro da mãe com o açúcar dos sonhos, músicas juntos no piano, balas de goma antes do jantar, viagens à São Paulo de carro, viagem à cidade-luz, viagem à Buenos Aires, viagens que não teriam aberto minha mente se não fosse você, risadas no carro no caminho a comemoração de natal, os filmes da disney que vimos, cinema depois da aula, os presentes que você acertou, cafés da manhã nas confeitarias da XV, a carona aos treinos domingo de manhã, a paciência enquanto esperava eu me arrumar, acordar às 5 da manhã pra me buscar, a sua capacidade de suprir a ausência da mãe, o cuidado que você teve com ela que ela nao recebeu de mais ninguém, a sua vontade de viver e formar outra família.
Acho que tenho motivos pra dizer... obrigada, Pai! Feliz dias dos pais!
Acho que tenho motivos pra dizer... obrigada, Pai! Feliz dias dos pais!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Conversando no telefone
- Sabia que a gripe suína já matou 140 pessoas em Ctba?
- Puxa, sobrou muito pouco.
- É verdade, o ministério da saúde só não quer confirmar.
- Hmm, que bom!
- E o exército vai circundar a cidade inteira.
- Adoro cobertura...
- Teremos aula até o dia do Natal para repormos essas que estao sendo perdidas.
- hmm, que coisa boa!
- Como assim?
- Ah, como, como mesmo. Adoro esse bolo de chocolate que minha vó faz.
(favor dar risada, ou achar engraçadinho).
- Puxa, sobrou muito pouco.
- É verdade, o ministério da saúde só não quer confirmar.
- Hmm, que bom!
- E o exército vai circundar a cidade inteira.
- Adoro cobertura...
- Teremos aula até o dia do Natal para repormos essas que estao sendo perdidas.
- hmm, que coisa boa!
- Como assim?
- Ah, como, como mesmo. Adoro esse bolo de chocolate que minha vó faz.
(favor dar risada, ou achar engraçadinho).
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Remanescências de um surto pessimista
Tenho medo de que as cortinas da vida abram e eu esteja ali, tentando contracenar com atores bonecos, segurando a fala na mão. E que eu olhe em volta e veja que o cenário é tão artificial que não esteja enganando nem mesmo as crianças. Um rio sem água, uma árvore sem tronco, um banco sem pés. E que eu queira entrar no camarim, mas não ache as paredes, só milhares de dedos voltados pra mim, e tomates virando molho sob o palco.
Hoje o dia virou mais uma tela de um céu azul e um sol alegre que eu tive que admirar de longe, só um detalhe.
Hoje o dia virou mais uma tela de um céu azul e um sol alegre que eu tive que admirar de longe, só um detalhe.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Autor: Sono
Meu neurônio idiota vomitou palavrasinhas quaisquer desesperadas que não eram uma frase com sentido até saírem de mim. Sorte, elas nunca mais deram as caras, nunca mais passaram pelas minhas sinapses tontas. Agora, na exata geometria da minha razão, a consciência despertou. Me deixe dormir, eu não disse o que minha voz soou naquele instante.
Amanhã o dia vai virar mais uma tela de um céu azul e um sol alegre que eu vou ter que admirar de longe, só um detalhe.
Tá, vamos evitar o inevitável. Nao vou falar sobre você ainda. Até o desespero.
Amanhã o dia vai virar mais uma tela de um céu azul e um sol alegre que eu vou ter que admirar de longe, só um detalhe.
Tá, vamos evitar o inevitável. Nao vou falar sobre você ainda. Até o desespero.
A escola é o extermínio da arte
Campo de concentração: escola
Grupo a ser exterminado: artista. Eles entram com pouca idade, saem com muita - os que saem - apresentando dificuldades de expressão, sensibilidade e criatividade.
Remanescentes: por sorte hoje a pscinálise tem sido substituída pela pintura para a recuperação.
(Tenho vontade de terminar de pintar aquela parede da escola com giz de cera).
Grupo a ser exterminado: artista. Eles entram com pouca idade, saem com muita - os que saem - apresentando dificuldades de expressão, sensibilidade e criatividade.
Remanescentes: por sorte hoje a pscinálise tem sido substituída pela pintura para a recuperação.
(Tenho vontade de terminar de pintar aquela parede da escola com giz de cera).
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O que se é
Ele: Amor, Alegria, Amizade, Aventura, Aprendizagem.
Ela: blusa, colar, laptop, filme, chave, loção, cama, perfume, adesivo, caneta, telefone, agenda, sapato, batom, volante, sorvete, loja, tela, sofá, estante, banheira, caixa, abajour, bolsa, tênis, vinho, sobremesa, mural, geladeira, avião, bicicleta, porta-retrato, boneca, casa, papel, câmera, I-pod, carta, revista, carro.
Elas: nada. passam a vida pensando que Ela é bastante.
Ela: blusa, colar, laptop, filme, chave, loção, cama, perfume, adesivo, caneta, telefone, agenda, sapato, batom, volante, sorvete, loja, tela, sofá, estante, banheira, caixa, abajour, bolsa, tênis, vinho, sobremesa, mural, geladeira, avião, bicicleta, porta-retrato, boneca, casa, papel, câmera, I-pod, carta, revista, carro.
Elas: nada. passam a vida pensando que Ela é bastante.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Palavras finais sobre o dia que morreu
Sorte que ontem acabou, poderia ter matado o dia se ele fosse vivo, passei a tarde por me arrastar de um lado pro outro com uma cara de assustar até fantasma e praticamente com uma placa 'nao perturbe' pendurada na testa, porque parece que todo mundo aqui em casa parecia disfarçar e dar meia volta quando me via. A verdade é que por algum motivo do além, eu não conseguia pregar o olho desde que cheguei da festinha da minha amiga, lá pelas duas da manhã. Não sei se era medo de ter pesadelos com essa semana de férias forçadas na qual a gente vai ter aulas pela internet (minha vó quase teve um treco quando soube disso, ela achou que seriam pra sempre essas aulas online, e cá pra nós, isso pode acontecer, mas fiz questao de garanti-la que não.) Enfim, ontem era domingo. Coincidência?
domingo, 2 de agosto de 2009
Felicidade estranha
Ontem chorei de felicidade. Não que eu tenha ganhado na loteria. Mas estava simplesmente com uma amiga e um amigo queridos, conversando banalidades e comendo sonho de valsa. Por alguns minutos naquela hora não senti frio, calor, vontade de estar em outro lugar, falta ou excesso de nada. Naquela hora, na casa da nossa outra amiga que estava fazendo 18 (ela sim tinha motivos para chorar de felicidade), o momento parecia tão plácido que nada poderia estragá-lo. Aquela luminosidade de meia-luz, um quadro bonito na parede, e um sofá macio, eram almoço e jantar pra felicidade que se manifestava de um modo mais tímido do que o habitual, porém sem menor intensidade, E quando vi, acompanhando uma palavra qualquer que saiu, uma lágrima escorreu dos meus olhos, Felicidade.
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