quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Conselhos: fórmulas sem aplicação

Com o passar dos anos, minha memória se prontificou a fazer uma grande obra: um museu de conselhos localizado no meu cérebro. Todos os conselhos que ela conseguiu guardar: grandes, pequenos, da vó ou modernistas. Conselhos que recebi e apreciei no momento, a auto-suficiente Memória emoldurou, pendurou nas paredes cerebrais, e deixou em exposição para os Impulsos Nervosos fazerem uma visitinha. Ela nem quis cobrar entrada. Grátis. O museu ficou muito simpático, os queridos Impulsos sempre vão visitá-lo. O problema é que eles vão, pensam em tirar uma foto, divulgar, relatar para alguém, mas no fim das contas viram as costas e vão embora, do mesmo jeito que vieram. Memória já notou isso, mas não quer fechar uma construção que levou tanto tempo para fazer. O museu está repleto de conselhos coloridos, mas que na prática, sao iguais a folhas em branco aos planos dos Impulsos, que nervosos e críticos, seguem e prestigiam outros museus.
No fim, aquele velho ditado era verdade: se conselho fosse bom, não se dava, se vendia.

Um comentário: