quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ela e a poesia tola (dela).

Ela sopra.
Restam os nomes.
Caem as vírgulas.
Quedam
as
frases.
Pausas.
E-nor-mes.
Ela pensa que poesia é hipnose.
Alvo bala tiro queda faça vá siga peça.
Ela finge.
Não sei se come ou se dorme. Sei que tem olhos de fome.
Não combina, quase rima.
Pode pôr, que o sentido não tem valor;
pulço e mão não dependem da razão.
-É abstrato! Você que não tem tato, olfato, palato, imaginação.
-Você que constrói pouca imagem e pouca ação.
Pausa.
Abre.
Dicionário.
Ela embaralha as palavras e sonha em ser poeta.
Ela cata o cotidiano.
Cheira à folha do jornal.
Qualquer comum
hoje é intelectual.

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