Fico no quarto com meu leitor fantasma,
almas penadas na madrugada gelada.
Imóvel escondendo-me da luz da lua,
rasgo a sétima vida do poema que acaba de morrer.
Sinto o toque tranqüilo do sopro frio da noite,
um arrepio na pele me percorre a coluna toda;
alguém puxa meus pés e desliso pra dentro da cama,
toca-me o fantasma nas pernas e meu grito vem sufocante...
(deixo a caneta escorregar da mão para o tapete)
-Amor, chega dessas poesias mórbidas e vamos dormir.
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