quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ela e a poesia tola (dela) II

Pra mim ela pensa pequeno,
perto do chão.
Pega os pedaços, pinta umas cores, põe uns pingos,
despeja umas flores,
embrulha pra presente e sai na rua pra vender.
Vai ver,
ela verbeia como a criança
que descobre hoje a perguntar,
deixa as frases longas pra pairar, pausar. Vagar.
Pra prosear numa poesia pouca,
deixa com ela,
deixa que ela,
agarre-se na ponta de um barbante pra puxar o mundo,
enquanto dá voltas e mais pra contorná-lo,
voltas e meias para consegui-lo.

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